Como um apreciador pelo dinâmico mundo do show business, percebo como as ondas de mudança, impulsionadas pela tecnologia, estão remodelando a indústria do entretenimento. A inteligência artificial (IA), em particular, vem sendo um verdadeiro divisor de águas em diversos setores e no show business não é diferente. Neste artigo compartilho minha visão sobre a revolução da IA no entretenimento – desde a criação de conteúdo até a personalização da experiência do usuário, incluindo a intrigante possibilidade, em um futuro não distante, de os consumidores criarem suas próprias versões de entretenimento. Prepare-se para uma jornada fascinante pelo futuro do show business, onde a IA não é apenas uma ferramenta, mas uma participante ativa na criação de experiências únicas.
A IA no show business é como um maestro invisível, conduzindo uma orquestra de possibilidades praticamente ilimitadas. Estou falando de algoritmos avançados e softwares capazes de transformar como o entretenimento é concebido, produzido e consumido.
Criação Participativa
Uma das mudanças mais empolgantes que vejo, obviamente pensando apenas do lado de quem consome, será a possibilidade de criar suas próprias versões de entretenimento, usando seus artistas favoritos. Imagine moldar sua própria série ou música com os personagens e artistas que você mais gosta?
Ampliando para a indústria fonográfica, hoje você já consegue ouvir covers e até mesmo músicas autorais de artistas desconhecidos, sendo cantadas por artistas consagrados (inclusive os que já passaram dessa para uma melhor). Veja alguns exemplos impressionantes ao pesquisar “Chester Bennington Cover AI” no YouTube, onde uma infinidade de músicas foram regravadas em alguns minutos com a voz do ex-vocalista do Linkin Park, falecido em 2017.
Resistência e Regulamentação
No entanto, nem tudo são flores. A indústria enfrenta resistências significativas. Recentemente, em Hollywood, houve paralisações por quatro meses devido a debates acalorados sobre a regulamentação da IA, especialmente no que diz respeito à recreação digital de artistas sem consentimento. O sindicato dos atores exigiu, e com razão, uma regulamentação mais rigorosa no uso da IA e um aumento no salário mínimo, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada ao adotar essa tecnologia.
Inovação na Produção
É fato que a IA já está revolucionando a produção. Editores e cineastas estão utilizando IA para automatizar processos tediosos, permitindo um foco maior na criatividade e principalmente na aceleração da pós-produção dos materiais. Filmes que antes demoravam em média 300 dias para edição e ajustes finais, hoje, com tecnologias já existentes, prometem uma redução de pelo menos 25% nos processos.
Outro fator que vai revolucionar filmes e séries é em relação a dublagem. Você com certeza já notou as grandes diferenças entre a voz original do personagem (geralmente em inglês) para a dublagem em português. Isso acabará em breve, visto que os próprios produtores irão gerar versões dos filmes em diversos idiomas, com a voz original do ator dublada e até mesmo com a boca sincronizada no tempo da fala escolhida. Por mais que eu ache incrível o trabalho de um dublador, é uma profissão que nos próximos 5 anos, deverá ser praticamente extinta.
Decisões Baseadas em Dados
Outro aspecto fascinante é a análise de dados. A IA está ajudando produtores a entender melhor seu público, moldando decisões estratégicas sobre o que e como produzir. Inclusive, em minha recente visita ao Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, pude entender um pouco mais sobre como a Netflix usa a IA e machine learning (aprendizado de máquina, em tradução livre) para catalogar o conteúdo de uma maneira totalmente personalizada para cada usuário, além de outras funcionalidades que por exemplo, não sugerem filmes de terror durante a manhã, se você não tem esse hábito.
Desafios e Oportunidades
Embora a IA ofereça oportunidades incríveis, também enfrentamos desafios, como encontrar o equilíbrio entre inovação e ética, especialmente na representação digital de artistas.
Como apreciador do show business, vejo a IA não apenas como uma tecnologia disruptiva, mas como uma nova forma de arte que está redefinindo nossas experiências de entretenimento. O futuro promete uma união impressionante entre a criatividade do homem e a inteligência artificial.
Tem opiniões ou dúvidas sobre o impacto da IA no entretenimento? Podemos conversar mais em um dos meus canais de contato: www.luizdiego.com.br
Luiz Diego é empresário há 15 anos, especialista em marketing digital e tecnologias de inovação, como a inteligência artificial, e já atendeu mais de 600 clientes no Brasil e no exterior.